Somos sempre a vida póstuma dos outros: mapa para uma pró-memória

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.34619/nzc0-f1bq

Mots-clés :

pró-memória, campo cego, projeção, ficção, arquivo

Résumé

Este número propõe o conceito de “pró-memória” como uma variação da “pós-memória”, deslocando o foco da relação com o passado para o impacto da projeção – de si, do espaço e do presente – na constituição da memória. Em vez de recuperar vivências indiretas, a pró-memória descreve o movimento de procurar lidar com as lacunas, os silêncios e as ausências do arquivo e da memória, abrindo espaço para narrativas antes invisibilizadas. A ideia de “sobre-memória”, entendida como acrescento ou excesso, colabora com essa noção e reforça o modo como memórias alheias interferem na construção da nossa própria memória. Ao inaugurar o conceito de pró-memória, e ao explorar as ferramentas que este convoca, este dossier propõe um debate crítico sobre novas formas de narrar, lembrar e reinscrever o passado no presente, acreditando que desse esforço possam emergir metodologias e práticas inovadoras para investigar e trabalhar com a memória e o arquivo e os seus campos cegos.

Publiée

2025-07-11

Comment citer

Laranjeiro , C., & Sapeta Dias, I. (2025). Somos sempre a vida póstuma dos outros: mapa para uma pró-memória. Revista De Comunicação E Linguagens, (62), 165. https://doi.org/10.34619/nzc0-f1bq