“Imagens-Morte: Revisitando a ‘Imagem-Tempo’ de Deleuze no Cinema Depois de 1985”
DOI:
https://doi.org/10.34619/8yzx-efw9Palavras-chave:
Gilles Deleuze, Filosofia do Cinema, Imagem-Tempo, Imagem-MorteResumo
Assinalando os quarenta anos de Cinema 2: A Imagem-Tempo, de Gilles Deleuze, este número especial reúne ensaios sobre filmes e cineastas que trabalham após 1985 e cujas práticas desenvolvem novas modalidades de “imagens-morte” que Deleuze não poderia ter antecipado, mas que permitem esclarecer o que está verdadeiramente em causa na sua teoria cinematográfica. Ao longo dos estudos de caso selecionados, a morte não é tratada de forma uniforme; pelo contrário, as suas formas heterogéneas mostram que a imagem-morte não constitui uma figura única, mas antes uma constelação de estratégias cinematográficas através das quais o tempo se torna pensável. Estas análises, que exploram a convergência entre as “imagens-tempo” e a conceptualização das “imagens-morte” proposta por Viegas (2023), reabrem também a questão mais ampla do que se situa entre os dois volumes de Cinema — e para além deles — na evolução conceptual da própria imagem-tempo. Assim, este número especial constrói um corpus capaz de reavaliar a imagem-tempo após 1985, demonstrando de que modo as “imagens-morte” contemporâneas expandem, desafiam e transformam as ideias de Deleuze, revelando como o cinema continua a pensar o tempo (e a vida) através dos seus múltiplos encontros com a morte.
