Memória e Ausência na Trilogia do Chile (2010-2019) de Patricio Guzmán
DOI:
https://doi.org/10.34619/iepx-mxmfPalavras-chave:
Patrício Guzmán, Trilogia do Chile, memória, luto, imagem-morteResumo
Este texto explora a impossibilidade de representações fílmicas da morte através de uma abordagem filosófica da política da morte (tanatopolítica) em Michel Foucault, uma ferramenta conceptual útil para se analisar a Trilogia do Chile realizada por Patricio Guzmán e composta por Nostalgia de la luz/Nostalgia da Luz (2010), El botón de nácar/O Botão de Pérola (2015) e La cordillera de los sueños/A Cordilheira dos Sonhos (2019). Perante a ausência de imagens de arquivo que documentassem as atrocidades e o destino dos dissidentes chilenos presos e executados durante regime de Pinochet, Guzmán enfrentava um desafio: como criar memórias fílmicas nesse contexto? As imagens em movimento podem oferecer um vislumbre de eras esquecidas e desaparecidas, sugerindo o seu potencial para desafiar a morte, o esquecimento e a ausência de maneira tangível. Deste modo, Guzmán constrói narrativas poéticas que procuram fazer o luto, resistir à amnésia e ao (des)conhecimento de um passado coletivo.
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