A crítica à dicotomia de género como forma de descolonização epistémica

Autori

DOI:

https://doi.org/10.34619/ddon-0dn9

Parole chiave:

género, episteme, decolonização, Chora

Abstract

A análise crítica à problemática de género permite desmontar as falácias do pensamento eurologocêntrico e apontar os estereótipos que a episteme, tacitamente colonial, edificou. Trata-se de questionar, no conceito de género e na dicotomia nele subjacente – masculino/feminino –, a lógica do pensamento ocidental, de matriz binária, e como essa lógica se afigura ser aquela que impera face ao olhar de e sobre o Outro, o colonizado.

O que acontece, tanto com os estudos de género, quanto com os estudos pós-coloniais, é eles abrirem novas epistemes e mostrarem, portanto, que a episteme ocidental, nas suas bases disciplinadoras, é reprodutora de estereótipos e de lógicas eurologocêntricas, e, ainda, que as ontologias que constrói são, antes de mais, epistemologias ancoradas historicamente e nos juízos avaliativos da chamada cultura ocidental moderna. 

A convocação da análise à Chora platónica permitiu sair do pensamento dicotómico e repensar os processos de subjectivação como processos transubjectivos.

Pubblicato

2021-07-07

Come citare

Babo, M. A. (2021). A crítica à dicotomia de género como forma de descolonização epistémica. Revista De Comunicação E Linguagens, (54), 176–192. https://doi.org/10.34619/ddon-0dn9