Medievalista 37

Autori

  • Luís Filipe Oliveira (director) Instituto de Estudos Medievais, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas 1069-061 Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.4000/134bp

Abstract

Faz parte da condição humana a consciência do paradoxo fundamental da vida, marcada pela fragilidade e pela finitude, mas também por uma força imparável de renovação e de superação, de desejo de ultrapassar a voragem do tempo e evitar o esquecimento. Recordar, fazer memória, celebrar e ter memória em conjunto, foram, desde sempre, formas não apenas de resgatar as vozes e os feitos do passado, mas também de os fazer actuais, tornando-os de novo significativos, eficazes. Por isso os documentos fizeram-se monumentos, determinados sítios tornaram-se lugares de memória, as datas, os sítios e os eventos foram rememorados por gestos e ritos socialmente significativos, capazes de os tornarem actuais, em toda a sua força simbólica. O modo como se recorda, e, sobretudo, como as sociedades recordam, combina a capacidade de guardar e transmitir a memória, de a evocar e comemorar, ou de a fixar em ritos, lugares ou narrativas.

Pubblicato

2025-01-01

Come citare

Oliveira (director), L. F. (2025). Medievalista 37. Medievalista, (37), 1–545. https://doi.org/10.4000/134bp