Medievalista 37
DOI:
https://doi.org/10.4000/134bpAbstract
Faz parte da condição humana a consciência do paradoxo fundamental da vida, marcada pela fragilidade e pela finitude, mas também por uma força imparável de renovação e de superação, de desejo de ultrapassar a voragem do tempo e evitar o esquecimento. Recordar, fazer memória, celebrar e ter memória em conjunto, foram, desde sempre, formas não apenas de resgatar as vozes e os feitos do passado, mas também de os fazer actuais, tornando-os de novo significativos, eficazes. Por isso os documentos fizeram-se monumentos, determinados sítios tornaram-se lugares de memória, as datas, os sítios e os eventos foram rememorados por gestos e ritos socialmente significativos, capazes de os tornarem actuais, em toda a sua força simbólica. O modo como se recorda, e, sobretudo, como as sociedades recordam, combina a capacidade de guardar e transmitir a memória, de a evocar e comemorar, ou de a fixar em ritos, lugares ou narrativas.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Medievalista
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.