Descolonizando o cinema e a memória da ditadura brasileira:
documentários realizados por mulheres após 1985
DOI:
https://doi.org/10.34619/4apc-znyqPalavras-chave:
documentários, memória, autoritarismos, géneroResumo
Este artigo trata da reconstrução da memória da ditadura civil-militar brasileira através da perspetiva de mulheres realizadoras. Baseia-se, para isso, no cinema documental realizado por mulheres após o fim da ditadura no Brasil, em 1985, e pretende, portanto, evidenciar questões de memória, identidade e trauma e sua intersecção com questões de género. Trata-se de demonstrar como o cinema documental realizado por mulheres constitui um acervo de narrativas memorialísticas originais, diferenciadas, específicas e pessoais sobre a ditadura, memórias estas que são, também, perpassadas pela vivência de género. Este trabalho insere-se num movimento de pesquisas que tem vindo a descolonizar a história do cinema, em específico do cinema brasileiro, e especialmente através do reconhecimento do papel de mulheres realizadoras nos resgates históricos e memorialísticos.
