Diálogos entre Christian Bök e Vilém Flusser: a escrita viva na obra o xenotexto

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.34619/qpob-tdef

Mots-clés :

biopoesia, poesia, novas escritas, biotecnologia

Résumé

Esse artigo dedica-se a investigar a possibilidade de novas formas de escrita suscitadas pelo biopoema O Xenotexto, de Christian Bök. Esta reflexão é elaborada a partir do pensamento do filósofo Vilém Flusser acerca da tecnologia, escrita e comunicação, como modo de discutir a ideia de escrita viva contida no trabalho assim como novos códigos consequentes dos avanços técnicos colocam em tensão diversos estatutos, como o do pensamento, do conhecimento e da historicidade. Ao perguntar se a escrita pode continuar a existir perante a expansão digital, o filósofo afirma que a transcodificação é um método de garantia para sua existência, que é uma ideia chave em nossa leitura do objeto.

Biographie de l'auteur

Nathalia Rech, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas ICNOVA — Instituto de Comunicação da NOVA, Portugal

Nathalia Silveira Rech é doutoranda em Ciências da Comunicação no ICNOVA/NOVA FCSH na área de Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias, onde integra o Grupo Cultura, Media e Arte. É mestre em Comunicação Social pela PUCRS (2014) e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (2018), onde integrou o Grupo de Pesquisa Extremidades: redes audiovisuais, cinema, performance e arte contemporânea.

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Publiée

2024-11-29

Comment citer

Rech, N. (2024). Diálogos entre Christian Bök e Vilém Flusser: a escrita viva na obra o xenotexto. Revista De Comunicação E Linguagens, (60), 157–173. https://doi.org/10.34619/qpob-tdef