Toda a Memória Num Catálogo. O catálogo e a materialização do valor simbólico da obra de arte

Autores

Palavras-chave:

Objeto Artístico, Valor Simbólico, Obra de Arte, Catálogo

Resumo

Este texto examina o papel do catálogo na produção de sentidos para a obra de arte. Parte de um estudo de caso feito no âmbito de uma fundação de arte contemporânea em Lisboa, que regularmente produz catálogos para as suas exposições, estudo esse iniciado em Novembro de 2018. O argumento exposto é de que o papel do catálogo deve ser analisado à luz da sua articulação com o papel da obra de arte. Sendo ambos objetos com um papel social, tanto as obras de arte, como os catálogos, contribuem para o encontro entre agentes especializados, que partilham a temporalidade efémera da exposição temporária. Neste texto, examina-se os encontros entre catálogos e objetos artísticos, produtores de biografias culturais das obras de arte (Kopytoff 1986) que, finda a exposição, nem sempre continuam o seu caminho em conjunto. Adicionalmente, a relação entre o valor simbólico do artista e a materialidade do catálogo é avaliada tentando auscultar o papel do catálogo em contextos de exposição diferentes, tomando como exemplo três catálogos de exposições que tiveram lugar em 2018 e 2019. Por fim, sistematiza-se os vários papéis, do artista, do objeto artístico e dos outros agentes, enquadrando-os no meio artístico local, procurando respostas para a compreensão do papel de cada um e dos objetos por si produzidos. 

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Publicado

2020-05-23

Como Citar

Antunes, M. L. (2020). Toda a Memória Num Catálogo. O catálogo e a materialização do valor simbólico da obra de arte. Revista De Comunicação E Linguagens, (52), 125–140. Obtido de https://revistas.fcsh.unl.pt/rcl/article/view/1438

Edição

Secção

Artigos