Fantasmas sob a superfície: Os restos e espectros da Palestina no Cinema do Interior
DOI:
https://doi.org/10.34619/pzam-yc70Palavras-chave:
espectro, Jacques Derrida, Edward Said, binacionalismo, cinema palestinoResumo
Em uma entrevista de 2003 com o Journal of Palestine Studies, o diretor Elia Sulieman evocou o espectro do fantasma (que aparece voltando) ao explicar a presença de Palestinos dentro de Israel em termos de Israel ser assombrado pelo espectro do ‘devir- Palestino’ do Árabe-Israelense. Isso é tanto uma alusão a uma condição legal histórica de ausência presente (a Lei de Propriedade Ausente do Knesset de 1950), mas também articula — afirma este artigo — uma hauntologia / ontologia emergente da imagem cinematográfica do Palestino em Israel. Esteartigo argumenta que o cinema contemporâneo dos Palestinos em Israel é essencialmente um cinema de fantasmas, onde a desconexão temporal e o deslocamento espacial perturbam constantemente o projeto de formação da identidade nacional; desde a assombração de Jaffa na obra de Kamal Aljafari, onde “fantasmas” Palestinos são reinscritos na obra do diretor Israelense Menahem Golan, até a lacuna espectral entre Árabes e Judeus que assombra Ana Arabia de Amos Gitai (2013). Usando o conceito de “o espectral” de Jacques Derrida, em conjunto com a análise crítica do que Edward Said chamou al-dakhil (o interior), o artigo examina os interiores palestinos como locais assombrados. O artigo afirma que de dentro desses sites, remanescentes cinematográficos Palestinos teimosamente se recusam a ser enterrados, assombrando e agindo de volta ao Estado que tentou reprimi-los.
