Entre a Ontologia e a Assombração: Realismo Mágico no Cinema Chinês Contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.34619/jxrf-rh75Palavras-chave:
espectralidade, realismo mágico, cinema chinês, realismo cinemático, Bi Gan, Kaili BluesResumo
Em 2010 o Cinema Independente Chinês assistiu ao nascimento de jovens realizadores como Bi Gan, Yan Chao e Cai Chengjie que trouxeram representações alternativas da realidade através de uma prática estética que pode ser descrita como realismo mágico. Por meio de fantasmas materializados, envolvidos com a espectralidade e complicando noções de tempo, espaço e identidade existente, os seus filmes adoptam e reinterpretam convenções do realismo mágico para explorarem realidades sociais, espirituais e pessoais para além das que preocuparam os seus predecessores. Sublinhando a prevalência da assombração no cinema de realismo mágico chinês, este artigo avalia criticamente a aproximação teórica do realismo mágico cinemático ao conceito de assombração de Jacques Derrida através da análise de duas obras representativas, Kaili Blues de Bi Gan (2016) e The Widowed Witch de Cai Chengjie (2018), apontando este estudo comparativo para dois modos diferentes, mas idiossincráticos usados pelo cinema chinês de realismo mágico.
