Preservando os Mortos: Fotografias Post Mortem e Práticas Funerárias na América do Séc. XIX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34619/71p6-n941

Palavras-chave:

embalsamamento, fotografia, funeral, luto, morte

Resumo

A ascensão da moderna indústria funerária na América do séc. XIX introduziu novas formas de exibição dos corpos que visavam eliminar sinais de decomposição. Estas práticas eram notoriamente semelhantes às da fotografia post mortem, na qual os corpos eram transformados cosmeticamente e, depois, dispostos perante a câmara de forma a obterem uma aparência de vida. A fotografia post mortem pode, assim, ser entendida como um estágio intermédio no caminho para a moderna desaparição da morte. Porém, esta prática não foi completamente abandonada, dado que as fotografias post mortem ainda são realizadas para preservar os mortos, criando a ilusão da presença ao invés de confirmar a realidade da ausência.
Este artigo explora os modos como a fotografia medeia a experiência da morte explorando um paralelismo entre práticas funerárias e fotografias post mortem.

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Publicado

2020-12-04

Como Citar

Enns, A. (2020). Preservando os Mortos: Fotografias Post Mortem e Práticas Funerárias na América do Séc. XIX. Revista De Comunicação E Linguagens, (53), 23–38. https://doi.org/10.34619/71p6-n941