Pós-humanismo planetário: novas perspectivas corpóreas

Résumé

Este ensaio visual pretende explorar um pós-humanismo corpóreo planetário que transcende a cosmologia e ética humanista, pensando os conceitos de humano e não-humano como um continuum, indo além de uma clara identidade antropocêntrica. Se a questão da materialidade esteve ausente de algumas perspectivas do pós-humano, conceptualizado como uma consciência imaterial, um pós-humanismo planetário incorpora novas configurações do humano como um organismo corpóreo, híbrido, permeável, com uma subjetividade emergente numa rede material de conexões. Indo além do conceito de ciberespaço informacional atribuído à internet, as imagens apresentadas neste ensaio geram ambientes especulativos onde a consciência distribuiu-se em múltiplos espaços liminares com contínuas reconfigurações, conexões e mutações. O pós-humano é incorporado em vermes, cidades fantasma, líquidos amorfos e waifus, personagens ficcionais femininas que pela sua exclusão da categoria universal do Homem reconfiguram-se como novas consciências nas paisagens emergentes do reservatório techno-ciente planetário.