A expansão da imagem em movimento: de Nam June Paik a Refik Anadol

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.34619/aqpn-a8ie

Palabras clave:

imagem em movimento, arte contemporânea, tecnologias digitais, cinema expandido, media digitais

Resumen

Unsupervised — Machine Hallucinations — MoMA foi recentemente adquirido pelo renomado museu nova-iorquino para a sua colecção permanente. Com este gesto, que marca o início de um novo capítulo na história da arte digital, o Museum of Modern Art dá as boas-vindas à sua primeira peça de inteligência artificial generativa e tokenizada.
O trabalho de Refik Anadol tem vindo lentamente a esculpir a percepção das instituições museológicas — e não só — sobre o potencial da arte gerada por computador, um pouco à semelhança do que havia feito Nam June Paik na segunda metade do século XX. Este paradigmático autor, nascido na Coreia, revolucio- naria a media-based art ao fazer da televisão uma forma de expressão criativa e ao integrar atecnologia computacional num vocabulário visual e plástico que era até então desconhecido. Para além das suas exposições épicas, Paik ainda previu, de forma visionária, o futuro da internet e o advento das redes sociais, com uma clarividência espantosa. O poder das suas ideias expandiria linguagens artísticas como a escultura ou a instalação, imbuiria a imagem em movimento de outras significações e abriria as densasfronteiras de um mercado que ainda não havia olha- do para o vídeo enquanto medium artístico coleccionável. A mudança iniciada por Paik, a partir dos novos instrumentos compositivos por si explorados, revela-se agora fundamental para um melhor entendimento não só da obra de Anadol mas também da própria arte pós-internet. Através de uma análise do trabalho percursor destes dois artistas, o presente artigo procuraexplorar as suas conquistas, dis- cutir algumas das transformações por si empreendidas, reflectir sobre questões de autoria e originalidade, bem como pensar o papel das ferramentas digitais e a interacção humano-máquina na prática artística contemporânea.

Biografía del autor/a

Rita Cêpa , Instituto de História de Arte. Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa. IN2PAST, Portugal

Doutoranda em História da Arte Contemporânea (NOVA FCSH) com a tese Resposta-Rápida. O arquivo como prática artística e curatorial: do tangível ao online. Licenciada e Mestre em Pintura (FBAUL) após a apresentação da dissertação intitulada O gesto do corpo | O corpo do gesto. Possui três Pós-graduações: Património, Gestão e Participação (NOVA FCSH), Curadoria de Arte (NOVA FCSH) e Fotografia e New Media (IADE). Terminou recentemente um Programa Executivo em Gestãoe Museologia (CATÓLICA LISBON SBE / APOM) e um curso sobre Práticas Museológicas Inclusivas (ICOM). Dirige a plataforma VENI VIDI, que fundou em 2017.
Trabalhou no Atelier Joana Vasconcelos, no FEA Lisboa e no MAAT. Foi Bolseira de Investigação (ROSSIO — NOVA FCSH), tendo desenvolvido — em colaboração com o Arquivo.pt e a Biblioteca de Arte eArquivos da FCG — um projecto de curadoria digital intitulado Para Sempre.

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Publicado

2024-11-29

Cómo citar

Cêpa , R. (2024). A expansão da imagem em movimento: de Nam June Paik a Refik Anadol. Revista De Comunicação E Linguagens, (60), 208–225. https://doi.org/10.34619/aqpn-a8ie