O que pode M’Hali? O estúdio fotográfico e quatro pequenos homens customizados
Palabras clave:
Tropo Visual, Semelhança, Alteridade, Páthos, MemóriaResumen
Este paper tem como objetivo abordar criticamente algumas fotografias que compõem um ensaio produzido em 1872 pela London Stereoscopic and Photographic Company. Propomos que a imagem de Ndugu M’Hali, então com setes anos de idade, incorpora um tropo visual (Zarzycka 2016) comum no final do século XIX e início do século XX: crianças em estúdios fotográficos. Esse tropo, enunciado por Walter Benjamin em Infância em Berlim, gera questões acerca das memórias visual, cultural e social. Através de uma abordagem concebida a partir da metodologia proposta por Aby Warburg, pretende-se delinear diferentes temporalidades da imagem de modo a, por um lado, inseri-la em uma tradição visual e histórica, e, por outro, sugerir suas potencialidades como objeto histórico-antropológico. Nesse sentido, a ideia de pharmakon (Pinney 2008, 2012) apresenta-se como possibilidade para um contra-olhar frente àquele colonial e burguês: a fotografia, em sua dualidade — tanto “cura” quanto “veneno” —, instaura virtualmente um novo sujeito: o que pode M’Hali após sua morte aos doze anos?
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