Em ano de peste, muito ficou por renovar

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DOI:

https://doi.org/10.4000/medievalista.5225

Resumo

Correndo a peste entre nós pelo segundo ano consecutivo, forçando confinamentos e restrições de vária ordem, fenómenos inimagináveis no século presente, tão moderno e avançado, a crua realidade dos surtos pestíferos do Antigo Regime entrou-nos portas adentro, de supetão, estilhaçando vidas, empregos e hábitos que julgávamos garantidos. Foi desta forma estranha, por aproximação de realidades, que os astros decidiram contribuir para tornar presente os 500 anos da morte de D. Manuel, um monarca nato, criado e finado no seio da pestilência. Foi por ela que nasceu na pitoresca vila ribatejana de Alcochete, em 1469, refúgio habitual da corte sempre que surgiam surtos pestíferos. E foi a peste que o levou, a 13 de dezembro de 1521, não lhe dando tempo para fugir para a outra banda, rio acima.

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Publicado

2022-01-01

Como Citar

Urbano Afonso, L. (2022). Em ano de peste, muito ficou por renovar. Medievalista, (31), 449–463. https://doi.org/10.4000/medievalista.5225