Povoar e enquadrar. Um percurso pela geografia das formas de vida religiosa da Lisboa medieval (séculos XII-XIV)
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.5755Palabras clave:
Ordens Religiosas, Lisboa, elites, realezaResumen
A conquista cristã de Lisboa, em 1147, inaugura um tempo novo na cidade, que vê de imediato restaurada a vida diocesana e rapidamente ativada a vida paroquial. O esforço de assegurar o povoamento e enquadrar eclesiasticamente a população urbana segue a par com a paulatina implantação na urbe de diversas ordens religiosas, umas integrando anteriores experiências eremíticas, outras com um vincado pendor pastoral, aliando liturgia, pregação e caridade.
O contexto muito peculiar da cidade, com uma intensa vida económica, uma população em crescimento, uma corte régia que nela estancia com crescente regularidade e demora, atraindo cada vez mais gentes de desvairadas partes e a cobiça de nobres ou ricos mercadores, que contribuem para a sua ascensão como cidade cabeça do Reino, tornam-na também particularmente apetecível para as ordens religiosas que entre si disputam o espaço urbano, as suas populações e os seus recursos.
É este percurso de implantação e articulação dos conventos e mosteiros, desde a conquista cristã até ao século XIV, que pretendemos explicar e enquadrar na intensa vida da urbe lisboeta.
Texto inicialmente apresentado ao V Colóquio Internacional “A Nova Lisboa Medieval”: Caminhos do Ocidente e do Oriente (1147-1217), org. pelo Instituto de Estudos Medieval e coord. por Catarina Tente, João Luís Inglês Fontes, Luís Filipe Oliveira, Mário Farelo e Miguel Gomes Martins (Lisboa, 23- 25 de Outubro de 2017).
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