ECOS DE UM ECO MAIOR
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.1165Abstract
No passado dia 19 de Fevereiro morreu em Milão Umberto Eco, com 84 anos. Figura de referência na cultura contemporânea, Eco incarnou o espírito e a acção do intelectual-social do século XX. Reconhecido e respeitado pela sua vastíssima erudição, desde a sua tese de doutoramento sobre São Tomás de Aquino até aos estudos na área da Semiótica, da Filosofia ou da Estética, nunca deixou de estar atento aos fenómenos da “cultura de massas” que marcam os nossos dias. Foi assim com a banda desenhada ou com o impacto dos media, e particularmente da televisão, sem esquecer o "império" da Internet, face ao qual o seu espírito crítico se manifestou por vezes de forma impiedosa. Ficaram célebres, por exemplo, as acutilantes considerações acerca dos efeitos da Internet e das redes sociais na "imbecialização" dos incautos.
Figura mediática por excelência e à escala global, Umberto Eco nunca se fez rogado na utilização de tal estatuto para dar voz às suas opiniões em matérias culturais, mas também sociais e políticas. Poucos meses antes da sua morte, numa entrevista ao semanário português Expresso, falava desassombradamente, em nome de princípios humanistas e solidários, sobre as ondas de refugiados que demandavam uma Europa insensível e desarticulada.
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