Carmina Figurata e a Teoria da Imagem Carolíngia. Contributos para uma Reflexão sobre a Relação Texto-Imagem
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.1393Abstract
Tese de Doutoramento em História da Arte, área de especialidade em Teoria da Arte, apresentada à FCSH-UNL, Julho de 2016. Orientação das Professoras Doutoras Joana Cunha Leal e Maria Adelaide Miranda.
Partindo dos poemas figurados (carmina figurata) elaborados entre a década de oitenta do século VIII e c. 814 por autores como Alcuíno, Josefo Escoto, Teodulfo e Rábano Mauro, analisa-se este corpus dando especial relevo ao contexto e às condições da sua produção no âmbito da corte carolíngia.
Com uma origem que possivelmente remonta à Antiguidade Clássica, os poemas figurados materializam-se numa indivisível associação entre texto e imagem. Esta fusão dialéctica na qual a imagem molda o texto e a escrita dá corpo à imagem conheceu um significativo incremento numa conjuntura em que as elites letradas carolíngias acompanhavam a chamada “querela das imagens” que tinha lugar em Bizâncio. Esta valorização e multiplicação dos poemas figurados inseriu-se num projecto político indissociável das condições políticas, sociais, culturais e religiosas da monarquia carolíngia.
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