Os simbolismos dos animais com chifres em bestiários ingleses
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.1783Abstract
Dissertação de Mestrado em História Medieval apresentada à Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Maio de 2018. Orientação do Professor Doutor Bernardo Vasconcelos e Sousa e co-orientação do Doutor Pedro Chambel.
Desde tempos muito remotos que os chifres são encarados pela mentalidade do homem como símbolos. Provavelmente, a associação mais antiga relaciona-os com as fases da lua, justificada pela semelhança entre o formato dos chifres e o do satélite natural. Com o decorrer da História, os chifres se tornaram símbolos mais complexos. Possivelmente decorrente da observação do poder destrutivo destes elementos na natureza, os chifres passaram a estar simbolicamente associados ao poder e à força em diferentes tradições. Surgem como elementos apotropaicos, como na tradição hebraica, por exemplo, onde se encontrariam chifres em altares; como símbolos da abundância, lembrando a representação da cornucópia clássica; e, em diferentes culturas da Antiguidade, como símbolo da elevação e do poder espiritual, aludindo às figuras de Amón, o deus egípcio chamado no Livro dos Mortos de Senhor dos chifres; a Apolo-Karneios, representado com chifres de carneiro; a Shiva, que é habitualmente apresentado junto a um touro branco de nome Nandi, entre outros. Ao contrário do que se poderia supor, a ascensão e implementação do Cristianismo não significou a exclusão dos seus diversos simbolismos. Na Bíblia, os chifres integram metáforas, simbolizando a glória, a dignidade, o poder, a honra, a vitória, a liderança, a coragem, a proteção, a salvação, entre outros.
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