As crónicas de Zurara: a corte, a aristocracia e a ideologia cavaleiresca em Portugal no século XV

Autores

  • Miguel Aguiar Universidade do Porto / Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne, CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade / LaMOP – Laboratoire de médiévistique occidentale de Paris 4150-564, Porto, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.4000/medievalista.1580

Palavras-chave:

Zurara, aristocracia, nobreza, cavalaria

Resumo

Neste artigo pretende-se analisar a produção cronística de Gomes Eanes de Zurara, enquadrando a sua forma e estilo, assim como as mensagens transmitidas, em função dos objetivos que terão presidido à sua feitura. Por um lado, as crónicas destinavam-se a ser ‘espelhos de nobres’, propondo um conjunto de referenciais cavaleirescos que deviam orientar o comportamento da aristocracia e que, simultaneamente, definiam a matriz de serviço ao rei e da própria competitividade no seio daquele grupo social. Por outro lado, estes textos podem também ser analisados enquanto peças de ‘propaganda’ favoráveis ao esforço cruzadístico no Norte de África, inscrevendo-se num discurso que visava, nos planos interno e externo, justificar e alimentar o entusiasmo por tal empresa guerreira.

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Publicado

2018-01-01

Como Citar

Aguiar, M. (2018). As crónicas de Zurara: a corte, a aristocracia e a ideologia cavaleiresca em Portugal no século XV. Medievalista, (23). https://doi.org/10.4000/medievalista.1580