Pedro Álvares Seco: a retroprojeção da memória da Ordem de Cristo no século XVI Tese de doutoramento em História, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Maio de 2018. Orientação da Professora Doutora Paula Pinto Costa
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.2740Resumo
O título deste trabalho, “Pedro Álvares Seco: a retroprojeção da memória da Ordem de Cristo no século XVI”1, aponta para um duplo protagonismo, por um lado, Pedro Álvares Seco, autor e cronista, e, por outro, a Ordem de Cristo no século XVI. Também duplo é o seu sentido, expresso nos conceitos: retroprojeção e memória. Neste contexto, o termo retroprojeção foi usado por Luís Adão da Fonseca: “recordar é sempre, em alguma medida, projetar. No caso da memória histórica, esta é, efetivamente, uma retroprojeção que nos fornece preciosas informações a respeito dos propósitos mais profundos de quem, em determinado momento, organiza as suas recordações”. Sintetiza, assim, o exercício feito pelo cronista da Ordem de Cristo a partir do seu presente: a fixação de uma memória da Ordem, redigida no século XVI, que fundamenta no passado – a Ordem do Templo – uma imagem que pretende projetar para o futuro. Neste sentido, é, simultaneamente, uma memória histórica e uma memória do poder, neste caso concreto, do poder do rei que é paralelamente o governador da Ordem e, como tal, promotor do ambicioso projeto levado a cabo por Álvares Seco. Este assume que as suas obras se fazem para que fique memória e prova, conferindo-lhes um valor jurídico-administrativo e probatório como se depreende das suas palavras: “porque essa he a causa porque se faz este livro pera memoria e prova”.
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