Espetáculo para o céu: a construção do jogral.
Tese de Dutoramento em Estudos Medievais, apresentada à Universidade de Santiago de Compostela, 2019. Orientação das Professoras Doutoras Yara Frateschi Vieira e Maria Isabel Morán Cabanas
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.3962Resumo
Nos séculos XII e XIII, os jograis encontravam-se no ápice da sua influência. Graças à sua atuação itinerante pelas diversas regiões da Europa Ocidental e à pluralidade dos seus meios de expressão, conseguiam nessa época atingir um público vasto e variado. O amplo leque das habilidades jogralescas por um lado enriquece a atuação e permite cativar os espectadores; por outro, porém, essa mesma multiplicidade acaba por criar imprecisão no vocabulário utilizado para designar a arte e o artista: a categoria abrangia do compositor ao malabarista, passando pelo cantor, o acrobata, o instrumentista e o domador de animais, sem distinguir os bons dos maus, os talentosos dos oportunistas. Desencadeia-se, por isso, uma insatisfação e a condenação por parte de clérigos, de trovadores e dos próprios jograis. Apesar disso, esses artistas conquistaram o reconhecimento social, transformando-se em um canal de comunicação inigualável, com uma estética interativa e eficiente, fundamental para a própria estrutura e sobrevivência da sociedade cortesã medieval.
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