Mariage, littérature courtoise et structure du désir au XIIème siècle
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.477Resumo
O artigo revisita as relações entre amor cortês e as condições sociais no Ocidente, especialmente em França, nos séculos XI e XII para vincar as importantes mutações sócio-culturais provocadas em grande parte pela Igreja gregoriana ao impor o celibato aos clérigos e o princípio do consentimento mútuo aos nobres como quadro da emergência da fin’amorsliterária. Canções e romances corteses são pensados como tentativas de construir novos modelos de relação entre homens e mulheres e uma nova ética da diferença sexual.O que digo, em suma, é que a variedade de opções estéticas e éticas, exploradas pelos romances, no que diz respeito à relação entre desejo, casamento e sublimação, constitui uma séria objecção à tese de Denis de Rougemont, segundo a qual o amor ocidental seria idealmente adúltero e o amor cortês seria sustentado por uma lógica maniqueísta. Um dos argumentos que contraponho a esta tese é a que a percepção que Graciano tem da sexualidade, por exemplo, converge com uma moral do amor, que encontramos nos romances nupciais, inspirada, senão mesmo estruturada pelo dogma da Encarnação.
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