Do Akhbār Mulūk al-Andalus [Notícias dos Monarcas da Hispânia] à Crónica do Mouro Rasis: o percurso milenar de um texto mítico (séculos X - XXI)
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.7734Palavras-chave:
al-Rāzī, Rasis, Akhbār Mulūk al-Andalus, Livro de Rasis, Crónica do Mouro RasisResumo
Uma obra e um mito, cujo percurso começou no século X, nos meios da Chancelaria Califal de Córdova, durante o reinado de ‘Abd al-Rahman III, e cujos conteúdos e informações ainda hoje se mantêm válidos e suscitando vários e variados estudos.
Obra a que está vinculado um nome, “al-Rāzī”, cuja versão latinizada, “Rasis”, acabou colada à primeira tradução para português, que desde o século XIII passou a transmitir aquela memória, e depois para a tradução da versão portuguesa para castelhano, onde se fixou.
O texto que serviu de base àquela primeira tradução portuguesa, e a partir da qual surgiu a atribuição a “Rasis”, já era, de facto, a obra de Ibn Ġālib, uma refundição do século XII.
O texto da primeira tradução passou por várias mãos, lugares e situações até desaparecer no Terramoto de 1755.
A tradução castelhana e a Crónica Geral de Espanha de 1344, que teve aquela primeira como fonte, permitiram reconstituir o texto da tradução perdida.
Ao longo dos séculos XIX e XX, edições e traduções de textos árabes suscitaram a ideia de uma possível recriação da matriz árabe perdida.
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