MONGELLI, Lênia Márcia; FERNANDES, Raúl Cérsar G.; MAUÉS, Fernando (Eds.) – Francisco de Moraes, Palmeirim de Inglaterra. São Paulo: Ateliê Editorial / Unicamp, 2016 (744 pp.)
DOI:
https://doi.org/10.4000/medievalista.1678Resumo
Os editores da obra, inédita no Brasil, Palmeirim de Inglaterra informam que custaram-lhes onze anos para a edição definitiva desta novela de cavalaria portuguesa, pertencente ao “ciclo dos Palmeirins” – expressão que designa uma série de novelas que tem origem em Espanha com o primeiro do ciclo, Palmeirín de Oliva, de 1511, provavelmente de Francisco Vásquez, de Salamanca. Deste nasceram outras seis continuações, três delas portuguesas, as outras espanholas. O Palmeirim recentemente editado é da autoria de Francisco de Moraes e aparece pela primeira vez em 1547. Diferente das novelas de cavalaria primevas, que tinham uma forte conotação religiosa e eram permeadas por ensinamentos cristãos implícitos no enredo das histórias, refletindo o culto à vida espiritual, a busca pela perfeição moral, e a valorização de qualidades morais, as novelas quinhentistas, à parte algumas influências em itens como a honra, bravura, castidade, lealdade, generosidade e justiça, que prevalecem, primam pelo teor profano. Isso, é claro, não impede que os textos sejam permeados por uma certa religiosidade, mas muito mais contida – haja vista essas novelas surgirem na ascensão das ideias renascentistas do século XVI.
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