O ensaio procura responder a duas perguntas que se entende serem prévias a uma discussão do conceito de heteronímia, atribuído a Fernando Pessoa. São elas: ‘Onde estão os heterónimos?’ e ‘Onde se desenrola a relação entre heterónimos?’. Defende que para Pessoa os heterónimos estão em outras mentes, e que a relação entre essas mentes não começa sempre na mente de Pessoa. Pessoa poderá ter acreditado numa concepção pan-psíquica da literatura, incompatível com as ideias sobre heteronímia que lhe são atribuídas.