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A sensibilidade da decadência na obra de Fernando Pessoa tem sido objeto de análise por parte de várias gerações de críticos. Este artigo começa por revisitar alguma da crítica produzida, destacando o livro de Haquira Osakabe, Fernando Pessoa: resposta à decadência. Partindo de um comentário ao trabalho de Osakabe e enquadrando o projeto heteronímico no contexto do que Vincent Sherry recentemente definiu como a reinvenção modernista da decadência, este artigo propõe uma continuidade entre aspetos relevantes da dimensão performativa do drama-em-gente pessoano e o pensamento e resposta de Freud à sensibilidade da decadência na sua teorização sobre a pulsão de morte em Além do princípio do prazer (1920).