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Analisando uma tese menos discutida de Eduardo Lourenço, em Pessoa Revisitado, a respeito do contraste entre a função ideal do mestre Caeiro e a sua realidade poética, o artigo foca o tratamento deste contraste ao longo da tradição crítica. O diagnóstico de Lourenço de um equívoco por parte da crítica revela-se produtivo para marcar as diferenças entre as leituras, ajudando também a entender a importância do contraste, previsto e explicitado nos próprios textos pessoanos, na conceção da obra e da figura de Alberto Caeiro.